18/07/2010

As dores que inspiram...

As dores me inspiram pra que com palavras eu
consiga expressar, mesmo que de maneira deficiente, a angustia
do meu viver.
Hoje sinto alegria e tristeza, sinto a vida e a morte, sinto o paradoxo de existir em toda
a sua essência.
Do lado de fora há uma grande festas e todos estão fantasiados de perfeição, tentando
camuflar a sujeira que habita dentro do seu ser.
Parecem felizes, sorrindo o tempo todo.
Quando sofrem, dignificam suas dores com atos heróicos.
Caminham sem rumo na escuridão.
Vestidos de vaidade, exibem seus trajes com falsa modéstia.
Essa festa vem me incomodando.
Todos parecem alienados.
Do lado de dentro, toda essa festa incomoda.
O barulho sufoca os pedidos de socorro e as mascaras camuflam os rostos desfigurados pela tristeza.
Não há lugar pra verdade , não há lugar pras duvidas, não há lugar pra se pensar, não há lugar para lágrimas...
Não há lugar...
Na festa só há lugar pros que fingem, ou melhor seria dizer, interpretam? O eufemismo impera.
Rei da festa.
Alguns de fora entram, e alguns de dentro saem, mas outros, permanecem para sempre no mesmo lugar.
E a vida vai seguindo por dentro e por fora.
Os de fora negando os de dentro, e os de dentro atormentados pelos pelo de fora.

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